Virgílio Távora, na vida terrena, foi
nosso vibrante governador do Ceará, Senador da República e, numa análise responsável,
muito mais do que isso.
Conquistou muitos
seguidores; se fez amado; percorreu o Ceará em cada um de seus recantos, vilas
e lugarejos, do campo à cidade; presente, até os dias atuais, por verdadeiros
discípulos que o mantém vivo na memória da história política cearense, a quem
chamamos no jargão partidário, de “Virgilistas”.
Da dureza do olhar, como
se fosse uma Fortaleza, surgia um homem vocacionado à vida pública; humorista
sem riso; amigo sincero; e um grande “feitor de frases para o futuro”.
Dum atento ledor deste
canto de página e deste escriba, um dia, registrou que VT foi admoestado por um
repórter que circulava envolto as suas andanças pelo interior cearense e, de
inopino, foi ao encontro de nosso governador, com gravador às mãos, para tomar
alguma palavra, frase ou gesto.
Ei-lo: Governador
Virgílio Távora, qual sua definição de política? Perguntou nosso empolgado
radialista.
VT, animado não dobrou a
curva e respondeu no ato: “Meu caro, política é uma mulher sedutora, infiel e
cara. Sedutora por que é apaixonante, infiel por que é traiçoeira e cara por
que só se faz com dinheiro”.
Virgílio Távora continua vivo e, sua
máxima, profetizada no passado, se repete como tragédia no presente.
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