domingo, 6 de setembro de 2015

BOM DIA MACÁRIO BATISTA!


Como de costume acordei bem cedo! 

Fiz o café da madrugada e fui refrescar as ideias lendo de tudo um pouco - jornais, blogs, e artigos sobre a nação chamada Brasil, abençoada por Deus e bonita por natureza.

Inicio por sua coluna, bebendo de sua inteligência e irreverência de quem conhece o mundo com a palma da mão. Visito o Eliomar de Lima, com seu crédito e serenidade. Leio o Roberto Moreira e fico sabendo notícias dos bastidores do poder. Escuto o Luzenor de Oliveira e o Beto Almeida, dupla mais que perfeita, para falar sobre o Ceará de ponta-a-ponta. Depois, passo pelo Donizete Arruda, que pensando ser ainda do PC do B, continua como Nero, desta feita incendiando o Ceará e inquietando os Ferreira-Gomes.

Quanto aos nossos matutinos impressos, apenas releio o que já sabia de ontem. Mas, como o Icó é o centro do universo, acabei por finalizar a leitura nos eventos que circulam a Ribeira do Salgado...daí é que chego com a certeza que acordei de verdade! Que o saboroso café, enfim, fez efeito.

Há três meses, aqui neste canto de página, escrevi que o nosso rincão, muito mais que Várzea Alegre de Zé Helder e Vanderlei Freire, era a cidade dos contrastes, pela inversão em tudo que faz. Dito e feito!

O poeta, advogado e escritor refinado, Getúlio Oliveira, em sua humildade cotidiana e com sua bela pena, foi chamado por mim a escrever os fatos recentes da história icoense, quiçá política, mas, ele resolveu esquivar-se e explicou sua motivação: “nem o historiador Gustavo Barroso, se vivo fosse, conseguiria contar ou recontar a história do Icó”.

Assiste razão o poeta!

Assim como o Teatro da Ribeira dos Icós, que passou décadas pra ser inaugurado, restando ao Ministro Gilberto Gil, no passado não muito longe fazê-lo, pelo menos do ponto de vista formal, a nossa história também nunca tem um exarar final. Ela se reconta sozinha...e segue infinita...

Veja Macário que hilário, já nos últimos meses do final do ano de 2014, os “caríssimos” vereadores de Icó, se reuniram em copas, e convocaram eleições à Mesa Diretora do legislativo mirim do Salgado. Para surpresa de todos, registre-se, o pacato cidadão Gilberto Barboza abriu a sessão eleitoral, declarou-se eleito, agradeceu aos presentes que nada entenderam, e foi-se ao deleite da comemoração.

"Ora bolas, o rei daqui sou eu", explicou Gilberto! Justo? Sei lá!

Detalhe: Barboza não detinha os votos suficientes para sentar novamente na principal cadeira do legislativo, que um dia, honradamente sentou o seu pai, de saudosa memória, Antônio Barboza que fez história por sua liderança inabalável.

Assim como num vai-e-vem, Barboza assumiu a presidência; depois, sumiu da presidência por uma decisão judicial da justiça icoense. Assume, doravante, Roney Olinda - o homem que tinha os votos da maioria e que não deseja mais sentar na mesa de Jaime Júnior, o prefeito responsável por toda essa pendenga, dantes onde reinava a paz.

E na última quinzena, o Tribunal de Justiça, depois de muita peleja jurídica, disse a nação cearense que pra ser presidente da câmara de vereadores de Icó não precisa de maioria de votos dos parlamentares, mas de ações judiciais bem articuladas e sem qualquer inadequação da via eleita.

E eis que retorna Gilberto Barboza, novamente, com o estrondar de fogos de artifícios que balançou os velhos casarões, igrejas e sobradões da Ribeira do Salgado, e, pasme, causou também um certo terrorismo aos cães do abrigo É O BICHO, que amedrontados com o barulho, já procuraram Marconiza Brasil, a benfeitora-defensora  dos pequenos animais da cidade, pra protestar:  

- “Fora Gilberto! Fora Roney! Nós queremos é paz, sossego e nada de bombas!”.

Mas, hoje é domingo e ontem foi sábado. Óbvio meu querido Macário!

E ontem, sábado, os “caríssimos” vereadores de Icó, se arrumaram todos de novo, pra nova posse, de Gilberto Barboza. Bis in idem?

A justiça de piso de Icó, célere, cumprindo sentença provisória, mandou avisar a Roney Olinda e cia, que Barboza queria pressa, pois a carne fresca do churrasco já estava na mesa e necessitando, pra degustação, de sua presença na presidência da casa do povo. E assim teje-feito!

Tudo pronto, sem bombas desta vez, e o sábado que seria de festa na casa dos Barbozas teve que parar por falta de segurança, servidor público e alguns infortúnios de última hora na sede do poder, que até hoje tem dois presidentes: um eleito pela maioria; o outro doravante empossado pela lei. 

Roney preferiu o bom senso! Adiou tudo pra terça, depois que Porca Pelada, nosso maestro com sua alegre banda de música percorra todo o Icó entoando o hino nacional e afirmando sem papas na língua: "aqui é uma terra de loucos".

O facebook, também parou Macário, já que Icó, repito, que é o centro do universo, foi por ele todo utilizado. Só deu câmara de vereadores no último sábado!

Mas, termino por aqui esta carta, e, já já estarei indo aos Correios postá-la. Ainda sou do tempo das antigas, que diga-se, acreditava que vencedor de pleitos eleitorais era quem detinha os votos da maioria. Mas, deixe pra lá, depois pergunto ao Gilberto como se faz pra vencer e valer!

Finalmente, engomei minha calça do exército brasileiro, visto a minha camisa verde e amarela, e sigo às pressas pra degustar do "Mungunzá da Independência" do Bebel Correia, novel prefeiturável de Icó, pois naquele ambiente festivo, “nem todo mundo é doido e nem todo mundo é sã”.

E viva o Icó!

(Por Fabrício Moreira da Costa, advogado e contista). 

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