quarta-feira, 20 de março de 2019

Reciprocidade zero!



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Uma vez, sem nem bem quando, numa dessas viagens de trabalho que jornalista faz para coberturas internacionais, cruzei, numa roda de jornalistas, com o embaixador dos Estados Unidos no Brasil. Não me perguntem agora qual dele que juro pelo tempo, que esqueci.

Mas um dia escrevi sobre isso e dei nome aos bois. Estava no auge a queda do visto obrigatório entre Brasil e Estados Unidos. Numa brecha perguntei ao embaixador se havia possibilidades da queda do visto, assim como havia ocorrido recentemente com a Argentina.

Com ar de sábio, vaidoso, orgulhoso e até de gozação, ouvi:

- Nós não costumamos cometer o mesmo erro.

Guardei minha viola no saco e a resposta para nunca esquecer o tratamento. Ontem, seu Jair foi a Washington e lá, estar com o "mentira fresca", conforme contam os que dizem que o louro mente 11 vezes por dia. Na pauta do leriado entre eles, estaria, outra vez a história da queda do visto. Só que desta vez, o visto cai só do lado de cá. O sr.Jair assinando protocolo que elimina de vez a obrigatoriedade do visto para americano entrar no Brasil, sem qualquer reciprocidade.

Ora, ora, ora. É amor demais. Isso provocará que bandidos americanos se acheguem aqui, como outros bandidos espanhóis, italianos e de outras nações européis que impestam, por exemplo, praias nordestinas como "empreendedores".

E vou encerrar essa conversa afiada com uma história. Um dia, estava no Consulado do Brasil em NY, exatamente no setor de aprovação ou não de vistos de gringos querendo vir pra cá. Lá assisti ao diplomata encarregado comentar:

- Tem que negar esse visto. O cara é bandido aqui. Vai ser bandido lá e a brasileira que está por trás não é flor que se cheire. Nunca contei isso pra ninguém. Não havia motivo pra contar. Agora tem!

(Por Macário Batista, jornalista de O Estado).

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