quinta-feira, 19 de maio de 2011

IMPRENSA APRESSADA!

Sou ledor diário de jornais. Escuto rádios diariamente. Sou um amante da comunicação social e, se Deus me permitir, em agosto próximo volto aos bancos de uma faculdade, para cursar jornalismo (comunicação).

Porém, leio muitas informações desencontradas, sem contexto com a realidade, tanto nos rádios, como nos jornais impressos, televisões, etc. O importante, talvez, para a imprensa é apenas divulgar a notícia, seja ela como for. É lógico, que tem poucas exceções.

No caso do prefeito de Nova Russas, que se encontra preso em regime fechado, é um exemplo claro do que comento nesse canto de página. Muitas histórias, muita discussão jurídica, escrita e falada, sem relação alguma com a verdade, com o caso concreto.

Não entrarei no mérito de quem é Jesus, de quem é Satanás, até porque em quase duas décadas como operador do direito, nunca vi na prática qualquer delinqüente e\ou suposto malfeitor, virar santo depois de uma intensa reprimenda penal.

Igualmente, quem teve acesso aos autos do caso Nova Russas, diz ser um horror, porém, muito longe, mas muito longe mesmo, do noticiado até agora.

Defendo que o “bolso” vazio seja, na verdade, o maior castigo.

O resto limita-se apenas a envergonhar, a desmoralizar a imagem, a família e a alma das pessoas envolvidas, nada mais que isso.

Vamos lá!

A imprensa nas últimas 24h, divulgou em todo o Brasil, que o prefeito preso de Nova Russas, “teria sido negada a sua liberdade provisória” (sic).

Não é verdade!

É notícia apressada e sem embasamento. Na verdade, foi negada apenas a liminar requestada, que mesmo podendo ser despachada pelo magistrado, não existe sequer previsão legal em sede de Habeas Corpus e Mandado de Segurança.

De logo veio à notícia nacional: “PREFEITO TEM LIBERDADE NEGADA E CONTINUARÁ PRESO”.

Pode ser que seja negada sua liberdade, mas, isso só mais adiante no julgamento do HC, após informações da autoridade coatora e oitiva da procuradoria da república.

Por enquanto, apenas a alegria dos que acham que prisão é remédio.

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