O ano
era 1996!
Campanha à
prefeitura icoense começava a ferver, tanto nos palanques como nos bastidores.
Em Icó, é tradição, também, a visita casa-a-casa e o famoso beija mão.
Candidato que se diz popular tem que respeitar essas regras.
Regra também
por aqui os “pedintes” em demasia. Aonde tem um político
do Icó, existem pelo menos alguns tipos de eleitores: “vários cobrando;
vários pedindo”.
É o Icó!!!
Fazer o que? Viciarem nossa gente...
Pois bem, na
caravana que visitava Lima-Campos, além dos candidatos a prefeito e vice,
existia pelo menos uma dezena de pretensos vereadores. Uns em primeiro
exercício democrático. Outros, reeleitos por muitos anos.
Até aí, tudo
bem!
Ocorre, que
chegando à casa de Maria Bezerra, o candidato (e vereador eleito) Antonio
Batista, o Bonitinho, que Deus o levou recentemente, folclórico como sempre foi
o primeiro a se apresentar como candidato a reeleição.
“E aí,
comadre Maria, posso contar com seu voto?”.
- Pode Não!
Respondeu a eleitora desconfiada -.
“Vixe, por
que Maria?”.
- Porque
você me prometeu uma geladeira nas eleições passadas e até agora nada -, disse
Maria.
Antonio
Batista, nosso querido vereador que disputava mais um pleito, não se fez de
rogado: “É verdade comadre, realmente lhe prometi a geladeira. Apenas
ainda não lhe entreguei mais ela é toda sua”.
Maria não
votou em Antonio Batista e, lamentavelmente, naquele pleito o então
eleito virou apenas “suplente de vereador”.
(Do livro de
causos de Fabrício Moreira da Costa).
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