Ele
nasceu Francisco Bezerra de Lima, porém, tornou-se conhecido somente por Chico
de Manduca, liderança política valorosa e fazendeiro festejado.
Durante
vários mandatos o povo o fez o mais votado. Os vereadores o fizeram presidente
do legislativo icoense por duas vezes.
Mas,
quem conheceu e ainda conhece o ilustre cidadão (hoje afastado da vida pública
por problemas de saúde), a quem aprendi a ouvir e respeitar, já que sempre foi
um excelente amigo, simples e de bom coração, Manduca foi mais além.
Foi
muito mais que um simples vereador da terra dos Icós. Quem conviveu com ele,
sabe do que estou falando.
Pois
bem, o ano era 1996, Chico de Manduca prepara-se, novamente,
para ir às urnas do pleito em desenvolvimento.
Chega
ele, então, a primeira residência.
-
“Comadre Maria, tudo bem, e aqueles 12 votos lindos que sempre me acompanharam,
ainda posso contar com eles?” –
Pode
não. Respondeu raivosa a eleitora.
Manduca
não contou conversa: “Caiu num pranto de choro”.
Comadre
Maria com dó cuidou logo em desfazer a situação: “Calma compadre
Chico de Manduca, não precisa se homilhar tanto assim. Já que sempre foram
seus, será novamente nessas eleições”.
E
assim Chico de Manduca fez em dezenas de casas. Todos os gestos, diga-se, com
resultados positivos.
Porém,
ao chegar à casa de seu Antonio, houve um problema na estratégia.
Com a
negativa dos votos para sua pessoa, Chico de Manduca fez força pra chorar mais
as lágrimas não desceram. Perdeu aqueles 8 (oito) votos lindos.
O que
houve amigo Chico de Manduca na casa de seu Antonio?
Perguntou
os ouvintes do “Causo”.
- “Não
houve nada. O problema é que a caixa d’água dos olhos, naquele dia, já tinha
secado quando eu cheguei à casa de compadre Antonio” -.
Nosso
querido e amado Chico de Manduca, também naquele pleito, foi o mais votado dos
inúmeros candidatos.
(DO
LIVRO DE CAUSOS DE FABRÍCIO MOREIRA DA COSTA).
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