Lá pelas décadas de 1970, os fundos do então CIENTE, que era uma Escola Agrícola, havia vastos terrenos desocupados, por ali a campo aberto pastavam animais, como é comum no nosso Icó.
Cabras, bodes, vacas e bois...Mas nenhum animal se equiparava a uma bela eqüina.
Era uma Jumentinha inigualável, comentavam: Mansinha e limpinha.
Naqueles tempos, não tão distantes dos atuais, as mocinhas ainda se “guardavam”. Moça “perdida” dificilmente encontrava um bom casamento, tinha que se contentar com algum “tapa-buracos” para salvar-se da solteirice perpétua ou da condenação se ser chamada de “rapariga”, condenação gravíssima numa sociedade tradicional.
Diziam os antigos “a moça não se perde somente ‘dando’ aquilo... perde-se também pela boca”.
Assim nossas donzelas, destinadas ao martírio do casamento, deveriam ser bem computadas, não entrar em contato mais íntimo com nenhum rapaz e também não falar besteiras, era o perder-se pela boca.
Já nesses tempos o velho Pemba, local proscrito para a prostituição, e para onde eram jogadas impiedosamente as moças perdidas, entrava em decadência. Surgia o DNER em seu lugar.
Aos pobres rapazinhos adolescentes não sobrava nada. Ou arranjavam um casamento pré-maturo por ter transando com uma mocinha virgem ( e os pais da moça terem tomado conhecimento) e aí tinha que casar à força, mesmo que fosse pra ser sustentado pelos sogros.
Assim hipocritamente sanava-se "o mal que ele tinha feito a ela"- Que tempos tristes! - Ou contentar-se com meios alternativos – e tão antigos - de satisfação sexual, e por ali estava o passeio pelos pastos ou quintais.
Foi nessa situação que um rapagote de 16 para 17 anos conheceu (no sentido bíblico) aquela bela eqüina. No começo amor efêmero, descambado para o vício diário. Nem namorar com as puras mocinhas ele queria mais.
Parecia que a bichinha preenchia-lhe aquele vazio que os humanos e seus falsos pudores lhe negaram. Dizem que ao cair da tarde, após ter trabalhado duramente o dia todo puxando alguma carroça, a coitadinha era solta no pasto, assim a bela eqüina, logo que comia alguma coisa, esquecia o cansaço e dirigia-se para o pé-do-muro do colégio e ali já estava o ansioso amante, ávido por sua carinhosa presença.
Os amigos e conhecidos, bisbilhoteiros e fofoqueiros, como é praxe no nosso Icó, não se contentaram em falar da estranheza do rapaz, de forma que vez por outra uma turminha de quatro ou cinco (igualmente carentes) rapazotes o seguiram sorrateiramente. Não deu outra: pegaram os amantes no maior love.
Dizem que o amor era tanto que ele implorava os beijos da amante: “Beije-me, querida, mesmo que você não possa, beije-me!”. Foi a maior mangação. O rapaz – coitado – saiu correndo, levantando as calças, morrendo de vergonha e por ali, dizem, nunca mais volitou...A jumentinha, ao contrário, mesmo sofrendo a ausência do amante, ao cair da terde continuava indo para o pé-do muro.
Ali arranjou vários e vários namorados, dentre aqueles que seguiram ao infeliz amante desmascarado. Fazia fila..Se o fato tivesse continuado por mais tempo ela poderia chegar ao posto de primeira dama.
Já havia moças reclamando da falta de namorado. A coisa já estava tão escandalosa que chegou ao conhecimento do dono de “Erêndira” que numa bela tarde mandou chumbo nos “cabras safados” e dispersou a garotada.
Hoje não sei como andará a nossa jumentinha, mas certamente suas netas ou bisnetas estão por lá....
(Postado por Opinion\Washington Luiz Peixoto Vieira).
Cabras, bodes, vacas e bois...Mas nenhum animal se equiparava a uma bela eqüina.
Era uma Jumentinha inigualável, comentavam: Mansinha e limpinha.
Naqueles tempos, não tão distantes dos atuais, as mocinhas ainda se “guardavam”. Moça “perdida” dificilmente encontrava um bom casamento, tinha que se contentar com algum “tapa-buracos” para salvar-se da solteirice perpétua ou da condenação se ser chamada de “rapariga”, condenação gravíssima numa sociedade tradicional.
Diziam os antigos “a moça não se perde somente ‘dando’ aquilo... perde-se também pela boca”.
Assim nossas donzelas, destinadas ao martírio do casamento, deveriam ser bem computadas, não entrar em contato mais íntimo com nenhum rapaz e também não falar besteiras, era o perder-se pela boca.
Já nesses tempos o velho Pemba, local proscrito para a prostituição, e para onde eram jogadas impiedosamente as moças perdidas, entrava em decadência. Surgia o DNER em seu lugar.
Aos pobres rapazinhos adolescentes não sobrava nada. Ou arranjavam um casamento pré-maturo por ter transando com uma mocinha virgem ( e os pais da moça terem tomado conhecimento) e aí tinha que casar à força, mesmo que fosse pra ser sustentado pelos sogros.
Assim hipocritamente sanava-se "o mal que ele tinha feito a ela"- Que tempos tristes! - Ou contentar-se com meios alternativos – e tão antigos - de satisfação sexual, e por ali estava o passeio pelos pastos ou quintais.
Foi nessa situação que um rapagote de 16 para 17 anos conheceu (no sentido bíblico) aquela bela eqüina. No começo amor efêmero, descambado para o vício diário. Nem namorar com as puras mocinhas ele queria mais.
Parecia que a bichinha preenchia-lhe aquele vazio que os humanos e seus falsos pudores lhe negaram. Dizem que ao cair da tarde, após ter trabalhado duramente o dia todo puxando alguma carroça, a coitadinha era solta no pasto, assim a bela eqüina, logo que comia alguma coisa, esquecia o cansaço e dirigia-se para o pé-do-muro do colégio e ali já estava o ansioso amante, ávido por sua carinhosa presença.
Os amigos e conhecidos, bisbilhoteiros e fofoqueiros, como é praxe no nosso Icó, não se contentaram em falar da estranheza do rapaz, de forma que vez por outra uma turminha de quatro ou cinco (igualmente carentes) rapazotes o seguiram sorrateiramente. Não deu outra: pegaram os amantes no maior love.
Dizem que o amor era tanto que ele implorava os beijos da amante: “Beije-me, querida, mesmo que você não possa, beije-me!”. Foi a maior mangação. O rapaz – coitado – saiu correndo, levantando as calças, morrendo de vergonha e por ali, dizem, nunca mais volitou...A jumentinha, ao contrário, mesmo sofrendo a ausência do amante, ao cair da terde continuava indo para o pé-do muro.
Ali arranjou vários e vários namorados, dentre aqueles que seguiram ao infeliz amante desmascarado. Fazia fila..Se o fato tivesse continuado por mais tempo ela poderia chegar ao posto de primeira dama.
Já havia moças reclamando da falta de namorado. A coisa já estava tão escandalosa que chegou ao conhecimento do dono de “Erêndira” que numa bela tarde mandou chumbo nos “cabras safados” e dispersou a garotada.
Hoje não sei como andará a nossa jumentinha, mas certamente suas netas ou bisnetas estão por lá....
(Postado por Opinion\Washington Luiz Peixoto Vieira).
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