Antonio Batista, nosso querido “Bonitinho”, em que pese sua boa idade, sempre foi uma “figura” de destaque no cenário dos bate-papos dos cafés e rodadas etílicas icoense.
Certa feita, haja vista seu sorriso largo e suas respostas na ponta da língua, foi “ele” incentivado a entrar na vida pública.
De logo se filiou a partido político e candidatou-se a vereador do Icó.
Suas tiradas sempre foram de uma graça de “mover ecos” entre os presentes. Iniciam-se os comícios. As caravanas percorrem todo município.
Como fez bela amizade em Lima-Campos, distrito do Icó, marcou sua passagem pela campanha como representante do lugar, mesmo sendo o ilustre cidadão natural do Estado da Paraíba.
Na comunidade do Canto, zona rural, Bonitinho assistia atentamente os vibrantes oradores. Encabulado, entre uma fala e outra dos outros concorrentes, aproveitava para tomar algumas doses de aguardente.
Daí veio o primeiro orador.
- “Minha gente sou José, filho de Pedro, que muito prestou serviços ao nosso povo icoense; votem em mim por pai e mamãe” –
Daí veio o segundo orador.
- “Icoenses, sou Manoel, filho de Antonio, votem em mim por causa de meu pai e de mamãe” –
E por aí foram vários dos oradores.
Até que, enfim, chega a vez do nosso personagem Antonio Batista, o Bonitinho.
- “Povo do Icó, preciso de vocês para ser vereador. Como vocês ouviram esses meninos têm pai e mãe. Os meus já morreram faz tempo. Não tenho pai nem mãe. Sou órfão, pois, só tenho vocês” –
Quando abriram as urnas, somente Antonio Batista, o Bonitinho, restou eleito e bem votado naquelas eleições.
Coisas do Icó!
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