José Nilton Pereira, mais conhecido por “Zé Nilton do Forró”, é cantor e compositor. Sou seu compadre, e vez por outra, fico sabendo de suas passagens pitorescas.
Pois bem, Zé Nilton antes de ser servidor público municipal concursado, cantava e fazia alguns “recados” na delegacia de polícia do Icó. O famoso “alma”.
Dr. José Wilton de Freitas, excelente amigo e delegado de policia, trabalhou muitos anos em Icó. Doravante, foi transferido para Tauá. Como nosso “doutor” gostava da alegria e dos trabalhos de Zé Nilton, permitiu que este fosse consigo para a nova cidade – Tauá.
Eis que um dia, houve uma diligência policial, e alguns agentes resolveram sem o conhecimento do Dr. Wilton Freitas, levar Zé Nilton do Forró. Na missão, prenderam um rapaz que estava praticando desordens.
No dia seguinte, aparece a família do preso para soltá-lo e, procuram também, “o relógio que foi surrupiado do preso”. Dr. Wilton convoca todos os seus policiais e pergunta, ao preso, “qual desses ficou com seu relógio” ?
O preso, prestes a deixar a delegacia, afirmou que nenhum dos presentes teria levado o seu relógio, “mais um policial magrinho que não estava ali presente”.
Dr. Wilton, já conhecendo as presepadas de Zé Nilton, o chamou:
- “Cadê o relógio do homem?”.
= “Está comigo”=, respondeu nosso alma.
O delegado já enfezado exigiu que fosse devolvido urgente, tratando de explicar ao preso que o “magrinho” não era policial.
Zé Nilton logo cuidou de resolver o caso:
- “CALMA SEU DOTÔ. NÃO ROUBEI O RELÓGIO DO HOMEM, É PORQUE SOU MUITO CUIDADOSO, ENTÃO GUARDEI PARA ELE NÃO QUEBRAR OU ARRANHAR O RELOGINHO BEM BONITINHO” -
. Daí, cauteloso, Dr. Wilton sugeriu que Zé Nilton fosse recambiado para Icó.
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