Nascido em 1º de maio de 1959 na cidade de São Miguel, Rio Grande do Norte, recebeu a graça de ser chamado pelo mesmo nome de seu avô e de seu pai. Foi o segundo filho, sendo o único homem. Depois dele ainda nasceram mais quatro irmãs.
Quando ainda criança sua família mudou-se para o Icó. Foi sempre um menino um pouco levado e brincalhão. Sempre respeitou muito seus pais, tios e aos mais velhos.
Cresceu vendo e ajudando o pai administrar propriedades rurais no Ceará e no Rio Grande do Norte. Teve uma infância normal para sua época.
Durante adolescência, não foi diferente. Fugiu para São Paulo para trabalhar, passado alguns meses de pouco trabalho, alguma necessidade e muita saudade da família, regressou e logo foi acometido de uma pneumonia.
Posso dizer que ainda na adolescência, pois tinha apenas 17 anos, conheceu talvez o grande amor de sua vida. O tempo decorrido entre o primeiro encontro, a primeira festa juntos, a fuga e o casamento, foi de uma semana. Essa união durou 12 anos e dela nasceram dois filhos. Logo em seguida, de um relacionamento rápido, nasceu sua segunda filha. Do seu terceiro relacionamento não teve filhos.
Que o encontrava, dificilmente não o via com um sorriso, ou deixava de ser cumprimentado por “meu querido ou minha querida”. Sempre prestativo, não media esforços para ajudar ao próximo, sem nenhuma intenção de mostrar o que fazia e para quem fazia. Muitos dizem que ele soube viver a vida. Foi um homem grande, forte e, diga-se de passagem, bonito.
Teve um grande vício que começou ainda na adolescência e o acompanhou pelo resto da vida, o cigarro. Posso dizer sem medo que foi mais amado do que odiado. Devido a isso muitos de seus amigos perguntavam quando ele entraria para a política.
Quando isso acontecia, ele, sempre com um sorriso no rosto, falava que não gostava de política. Mas, quem o conheceu sabe que ele foi os pés, os braços e muitas vezes a cabeça e a coragem dos primos na política.
Foi bom filho e bom irmão. Quanto aos filhos, ensinou mais com seus erros do que com suas virtudes como pai.
A quem diga que para um homem ser completo, ele precisa plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro. Sou testemunha de que ele plantou mais de uma árvore, teve três filhos e sua vida, com toda certeza daria um livro.
Hoje, seus amigos e familiares poderiam estar comemorando seus 52 anos de vida, mas a vontade de Deus foi diferente, hoje ele vive apenas nas lembranças de seus amigos, de seus pais, tios e tias, irmãs, primos e filhos. São 11 anos da mais profunda saudade.
* Texto escrito e enviado por Allysson Emmanuel.
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