domingo, 1 de maio de 2011

Preservação do patrimônio histórico de Icó é destaque no Jornal O Povo.

A riqueza histórica e cultural ainda presentes em Icó, resultados de séculos de construção são destaques daedição deste domingo (1°/05) do Jornal O Povo, na coluna "Ceará".

Percorrendo as ruas largas e becos estreitos e passando por diversos casarios e sobrados, a jornalista Daniela Nogueira, que assina a matéria, aponta para a importância do preservar com o objetivo de contar uma história.

Contemplar a beleza arquitetônica e revisitar o passado são os ingredientes, se bem trabalhados, na geração do desenvolvimento local através da conservação dos monumentos. Veja a matéria completa abaixo:

Patrimônio histórico preservado nas ruas de Icó -
O patrimônio histórico-cultural do Icó se destaca pela beleza da arquitetura. Muitos imóveis do município são tombados pelo Iphan. O Instituto é responsável por fiscalizar a preservação dos prédios históricos.

A beleza e a arquitetura dos prédios de Icó encantam. O município tem várias áreas tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Todas merecem cuidado, por contarem um pouco da história do município e por ajudarem a preservar a riqueza cultural do espaço. Só na área poligonal de tombamento, são 268 imóveis – o que corresponde a 12,35 hectares.

Há mais três pontos separados que também são tombados pelo Iphan – a Igreja de Nossa Senhora da Conceição do Monte (Igreja do Monte), o antigo mercado principal e a Igreja de Nossa Senhora do Rosário. A poligonal do entorno também é uma área de proteção sob a tutela do Instituto. Pode sofrer intervenção mais drástica que a área do núcleo principal, mas até certo nível.

De acordo com Erick Rolim, o Iphan é responsável por fiscalizar sempre como as modificações nos prédios tombados estão sendo feitas. Os moradores precisam enviar um requerimento detalhando o que querem alterar na paisagem do imóvel. Depois de analisada pelo Iphan, a solicitação é ou não aceita pelo Instituto. O importante é que o imóvel não perca características tradicionais. Questão de preservação.

Alteração pode haver, contanto que não interfira na “leitura” dos imóveis. “O antigo deve ser preservado. A gente incentiva a pintura, a reforma de coberta, par evitar que arruíne, mas que mantenha as características tradicionais”, frisa Erick.

Autorização - O lugar é referente ao núcleo principal e primitivo da cidade, à parte originária, explica Erick Mendes Rolim, chefe do escritório técnico do Iphan em Icó. É lá onde estão as principais edificações, os prédios mais antigos, o teatro, a Prefeitura, Câmara.

O arruamento também é histórico. De acordo com o chefe do escritório do Iphan em Icó, há muitos casos de pessoas que resistem a preservar o que ainda existe e querem reformar sem autorização. Em casos assim, o Instituto embarga a obra e o proprietário responsável paga os custos.

Edifício tombado, por exemplo, não pode ser derrubado. O responsável é punido com auto de infração além de multa. Deve também reparar o dano. “Se o proprietário insistir, a gente aplica a multa”, explica Erick.

ENTENDA A NOTÍCIA - Para financiar a reforma de imóveis privados, o Ministério da Cultura e o Iphan criaram o programa Monumento. Disponibilizaram recurso para os moradores, que podia ser pago em até 20 anos. Icó teve a maior adesão do País.

SAIBA MAIS - Em casos em que o proprietário reforma o local sem autorização do Iphan, é preciso uma intervenção da Justiça. Construção de pavimento superior em prédios tombados, por exemplo, não é aceito.

A colocação de uma placa publicitária também requer autorização do Iphan. Não pode também o uso de cores vibrantes ou chocantes nas paredes. Muito da arquitetura de Icó tem influência de Portugal. Azulejos portugueses são encontrados até hoje em muitos prédios do município. Influência da colonização.

(O POVO COM ICÓ É NOTÍCIA)

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