JURACI MAGALHÃES: VIDA E MORTE!

Após 15 (quinze) anos, retornei nesse mês de janeiro, mesmo ainda de forma temporária, a também residir em Fortaleza, capital de todos os cearenses.

Hoje, novamente, tenho dupla nacionalidade, moro ao mesmo tempo em dois países: Icó e Fortaleza.

Cheguei à terra do sol, nossa querida Fortaleza, nos momentos de ressuscitação dela, nos governos Ciro Gomes e Juraci Magalhães.

Era impressionante a vontade de crescer, a auto-estima que essas lideranças tocavam no coração do povo.

Em pouco tempo, a cidade cheirava, sorria, cantava sua tradição, a torre de sua classe social, igualava-se mesmo que fosse uma sensação passageira ou imaginária.

No bairro de Fátima, nos instalamos. Religião e certa dose de sertão estavam fincadas naquele bairro.

Após Ciro, chega-nos todo prosa o Dr. Juraci. Num passe de mágica e simplicidade, o nosso prefeito, que adorava “bebericar” um aguardente nos momentos amenos, embalou os nossos corações com obras em todos os quadrantes da capital.

Muitos incrédulos, sequer acreditavam no que viam. Mas como ele mesmo definia a capital do Juraci era vista com um simples abrir de sua janela.

Foi eleito e reeleito. Nas urnas e no coração do povo.

No auge de seu maior apogeu, uma enfermidade inesperada, o alcançou. Nesse período, foi traído duramente pelo “fogo familiar”. Mas, não desejo adentrar nesse mérito.

Refeito, o querido “Jura” era de todo solícito. Nós, do bairro de Fátima, na Rua Martinho Rodrigues, logo o procuramos. “Queremos a construção do “Parque do Parreão”.

Juraci nem pensou duas vezes. Construiu, fez o pleito requerido. Transformou o local, num ambiente aprazível de caminhar, conversar, passear, além de excelente projeto de meio-ambiente e qualidade de vida.

Passados dois anos de sua despedida da vida terrena, dessa figura humana adorável, o que se vê hoje é o abandono, a sujeira, a destruição, a falta de respeito ao bem público, na expressão mais cruel do verbo.

Que saudades de Juraci Magalhães!