Após o fim do pleito,
muitos ainda, analisam erros e acertos do período eleitoral, principalmente, como
será o desenrolar das conseqüências dos pós-eleições.
Ulisses Guimarães - deputado
e ex-presidente da câmara federal (já falecido), o maior líder do PMDB nacional
e uma das figuras mais lembradas até os dias atuais, pela dignidade e pelo
olhar sempre futurista em suas análises, dizia à época, “que não existe
político morto”. Eles ou alguns, “sempre ressurgem das cinzas”, afirmava com ênfase.
Em Icó, sempre após as
disputas, costuma-se ouvir que agora, “estes não ganham mais nem pra vereador”.
Preconceito vulgar; e, diga-se, que a disputa pra vereador nos municípios, é
muito mais dura, agressiva, postulada do que qualquer eleição majoritária e
proporcional, como deputados, senadores, etc e tal.
OS NUNES.
Marcos Nunes, que saiu
vencido para prefeito, mostrou na verdade, pouca vocação política. Não era seu
habitat natural, ficou fácil de observar no desfecho dos fatos que seguiram em todo
o quadriênio que governou, incluindo também, a guerra partidária da campanha
finda.
Deve, talvez, até pela
inelegibilidade processual, vez que desistiu de se defender duma AIJE – Ação de
Investigação Judicial Eleitoral, ficar oito anos fora de qualquer disputa. Daí, o desaguar para outros horizontes e seguir o seu caminho na indústria musical.
Ricardo Nunes, atual vereador
com seguidas eleições, conquistou de novo um mandato eletivo, com expressiva
votação. Espera o desfecho de uma ação no Tribunal Superior Eleitoral – TSE, em
Brasília, bem como ainda não se manifestou ou não acerca de sua continuidade na
vida pública. Há quatro anos, chegou a dizer numa rádio local, que iria
transferir sua liderança para outra pessoa, amigo, família ou correligionário.
Oriel Nunes ingressou numa
aventura política em Orós, outrora candidato a prefeito, terminou subindo em
dois palanques diferentes. Sem sucesso eleitoral algum, perdeu a oportunidade
com sua liderança ainda viva em Icó, de ajudar o filho a reeleger-se prefeito
de Icó.
Família numerosa e com
grande identidade popular, os Nunes e seguidores partidários, ainda esperam
pelo talento político do ex-prefeito e Deputado Estadual Neto Nunes, sempre
lembrado como figura carismática e de muita interação em todos os níveis de
poder e na comunidade.
Uma tarefa árdua, difícil,
pelo passar do tempo, mas que será ainda o pilar de muitos acontecimentos em
Icó, ademais, com vários irmãos filiados a partidos políticos. A sucessão, da oligarquia, seguirá pelas mãos da própria família ou por eles, indicados.
OS PEIXOTOS.
O médico Quilon Peixoto,
congrega ainda parcela significativa de apoiamento popular, principalmente, nas
famílias tradicionais da terra dos Icó, vez ter sido prefeito em duas oportunidades;
médico com 50 (cinqüenta anos) de puro sacerdócio.
Indicou o seu filho,
Charles Peixoto, como vice-prefeito de Marcos Nunes. Com amadurecimento pessoal,
contribuiu para a vitória, em 2008, bem como juntou muitos em 2012. Deve, assim,
como Marcos Nunes, ficar inelegível por oito anos.
CARDOSO MOTA.
Sem disputar mandatos,
neste período, indicou o irmão Maninho Mota, vereador do município de Icó.
Irmão eleito, mostrou sua força, vez que era o mais aplaudido e acolhido
orador, nos palanques e nas ruas do Icó. Comenta-se, que é pela humildade no
trato com as pessoas; pelo reconhecimento de grande médico da cidade e, também, pelos
fatos ocorridos em sua dramática administração a frente da prefeitura do Icó. “Fui traído”, queixa-se
Mota.
JAIME JÚNIOR.
Com vocação política e
administrativa, Jaime Júnior, elegeu-se no último pleito em Icó, muito mais
pelos chavões pesados em desfavor dos Nunes-Peixotos, do que pela apresentação
de projetos administrativos. E era chamado o “ante” a tudo que se apresentava
como definem os cientistas políticos tupiniquins locais.
Sem tradição política
alguma, já que não é natural de Icó, iniciou sua carreira meteórica como Chefe
de Gabinete do então prefeito Neto Nunes; depois, rompeu e seguiu como
candidato a vice-prefeito do também então prefeito Cardoso Mota. Rompeu com
ambos e seguiu carreira solo.
Perdeu em 2008, para a
prefeitura; insistiu, foi buscar os descontentes, somou os também já tradicionais
do contra; consagrou-se eleito.
Tem muita história prá
contar, se a vaidade pessoal que é uma característica perigosa; se a ambição
pelo poder também marca indelével de seu comportamento, permitir(em) a
caminhada do trem, sem quebra-molas ou espinhos.
OS PEREIRAS.
A família Pereira, de
tradição longínqua no comércio de Icó, poderá ser o fogo amigo no futuro
próximo. É uma hipótese, claro! Com luz própria, já que são prósperos empresários
de vários ramos comerciais, reelegeram seu vereador, Ítalo da Paz, e indicaram
o bancário Diassis Pereira, na condição de vice-prefeito de Jaime Júnior.
Ítalo da Paz, vereador
inquieto, pertenceu a base de sustentação de Marcos Nunes. Esperneou para ser
presidente do legislativo-mirim. Elegeu-se numa briga que desaguou no Poder
Judiciário. Aquelas eleições foram julgadas nulas. Irresignado, rompeu com os
Nunes e foi para a bancada da oposição.
No jargão político, comenta-se,
que Ítalo da Paz e Diassis Pereira, não aceitam serem tratados como figuras
decorativas. Esperam os seus espaços plurais, já que foram sujeitos marcantes para
a vitória. Daí, as primeiras conseqüências, pois, os espaços de muitos ansiosos
pela chegada ao poder, esbarram-se na importância que cada um diz ter em seu
sucesso eleitoral.
Veja, já têm os inúteis
inocentes se elegendo a secretário(s); a donos de carros alugados; a donos disso e daquilo.
O resultado das
especulações deve sem encerrado, com a caneta firme e com muita tinta, em
janeiro de 2013, pelo prefeito eleito.
Assim, os que ficam na
oposição nas águas de janeiro de 2013, com o possível inverno, começam a juntar os descontentes; os raivosos; as viúvas das viúvas
do Palácio da Alforria.
Agora, só o tempo dirá, vez
que somente ele neste aspecto, “é o Senhor de todas as razões”.
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