A música deu a ele uma fortuna, R$: 274 milhões. Deu fama, muitos hits, e fez dele ator de TV. Não da para entender porque virou gado. Ou foi sempre?
Sérgio Reis surgiu muito jovem, queria ser galã, mas era desajeitado em seu 1,93. Cantando disfarçava a timidez. Sonhou virar ícone da Jovem Guarda. Só rendeu um sucesso, "Coração de Papel" (1967).
Com o fim do movimento que projetou Roberto e Erasmo podia ter sido o fim dele com seu sucesso único, mas se reinventou, virou sertanejo.
Assumiu, no caso, as raízes rurais da família, e logo ali, no pós Jovem Guarda em 1972 teve um êxito maior que Coração de Papel, "Menino da Gaita".
E viriam muitas mais. Fazia shows no país inteiro, e vendia fácil 1 milhão de discos. Ganhou dinheiro pra não fazer nada, e tem dinheiro para o caso de querer fazer alguma coisa. Qualquer coisa.
Então porque entrou na política? Até hoje nem ele sabe. Foi eleito em 2014 entre os muitos candidatos bizarros que surgem sempre a cada eleição.
Chamou atenção no Congresso pelo que era, aquele cantor sertanejo de sucesso, que parecia um gente boa. Foi um fracasso monumental. Não fez nada, o mandato, a mais pura obscuridade.
Ficou marcado por licenças longas e estranhas, em uma delas teria feito até uma "prótese peniana". E há quem ironize que bancou o "aumentativo" com uso da verba pública, o "dotado patriota".
É feio demais ver um sujeito grandalhão chorando em uma live como ele, fez, dizendo que não disse o que todos viram e ouviram, ele convocando os caminhoneiros (sem moral nenhuma para tal) com o objetivo de golpear as instituições.
Estaria senil o Sérgio Reis? Não! Saiu de dentro do armário em que vivia. Fomos enganados. O cara jamais foi o que parecia ser, assim como a atriz
Regina Duarte. Tem muita semelhança.
Aos 81 anos o sujeito virou um bolsonarista que se identifica com a treva, e se expõe como alguém muito ignorante e desconectado do mundo.
Pior: é um caloteiro que deve aos cofres públicos e não paga, apesar da fortuna que a música lhe deu. O que terá acontecido a Sérgio Reis?
Só a decepção. De "Rei" não tem nada, e nunca teve. É apenas o Sérgio Bavini, obscuro, sombrio, um coveiro de sua própria história.
(Por Cláudio Teran, Jornalista).
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